"Não sei o que é a poesia",
-disse-lhe, esperta, a Filomena,
"mas sei o que é um poema,
se o vejo ou leio, com alegria."
"Não sei como se faz a poesia",
-disse-lhe, atrevido, o Bento,
"mas gosto de ver pensamento,
emoção e palavras em harmonia."
"Não sei p´ra que serve a poesia",
-disse-lhe, ousado, o Tomás,
"mas o pouco que serve ou faz,
é para a vida uma mais-valia".
"Raramente entendo a poesia",
-disse, destemida, a Catarina,
"mas, pelo ritmo e pela rima,
sinto-me cativada, em demasia".
João Manuel Ribeiro, Os dias mundiais e outros que tais
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