segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Feira do Livro

Está a decorrer, de 3 a 12 de dezembro, a Feira do Livro na Biblioteca Escolar do Agrupamento

Era uma vez um rei...

O Instituto Camões disponibiliza em formato digital "Era uma vez um rei ...", permitindo aprender História de Portugal de forma lúdica.
http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-ler/era-uma-vez-um-rei.html
Bom estudo e boas leituras!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Aniversário de "Amor de Perdição"

Caros utilizadores,
A Direção-Geral da Educação (DGE), associando-se às comemorações do 150.º aniversário da publicação de Amor de Perdição e de Memórias do Cárcere, de Camilo Castelo Branco, criou uma página dedicada ao escritor, alojada no sítio da DGE.
http://area.dge.mec.pt/camilo_castelo_branco/

Boas leituras!

Direitos Humanos

Caros utilizadores,

Sobre os Direitos Humanos", há material disponível no sítio da Youth for Human Rights - http://br.youthforhumanrights.org/

Bom trabalho e boas leituras!

Recursos online para Matemática

Caros alunos,
Acedam ao link abaixo para estudarem Matemática de forma interessante e apelativa:
Números e Operações, Cálculos, Geometria, Álgebra, Organização e Tratamento de Dados, em http://www.hypatiamat.com/menuprincipal.php
Bom estudo!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Setembro...tempo de recomeçar!

Recomeçar

Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Miguel Torga

sábado, 23 de junho de 2012

Convento de Mafra

                                          

Visita de Estudo ao Convento de Mafra

No passado dia seis de junho, as turmas de 10º, 11º e 12º ano do curso Científico-Humanístico, juntamente com o 12º ano do ensino profissional, realizaram uma visita de estudo ao Convento de Mafra, na cidade de Mafra, no âmbito das disciplinas de História e Português, organizada pelos professores Maria José Carneiro, Ana Sousa e Albano Loureiro que acompanharam os alunos com o auxílio da D. Filomena Farelo (auxiliar da escola).
A viagem teve início às 6horas da manhã, com partida de Vila Nova de Foz Côa, e  chegada a Mafra às 11horas. Aí, os alunos e os professores tiveram uma pausa para o almoço, enquanto aguardavam pela hora da visita ao monumento. Pelas 14:00 horas, os alunos do 10ºB, acompanhados pela professora Maria José, pela D. Filomena e pela guia, foram conduzidos por uma viagem pelo estilo barroco presente em todo o monumento. Enquanto isso, os alunos de 11º e de 12º ano, acompanhados pela professora Ana Sousa, pelo professor Albano e pelo guia Eduardo Silva, puderam ouvir uma explicação sobre a construção do Convento de Mafra e o paralelismo com a obra literária de José Saramago, “Memorial do Convento”. Durante a visita pelo Palácio de Mafra, tivemos a possibilidade de ver os aposentos dos reis, a basílica do convento, as salas mais usadas pela corte, a enorme biblioteca, em suma, pudemos reconhecer alguns dos espaços referidos na obra estudada e compreender melhor alguns aspetos abordados. 
A visita contribuiu também para compreendermos o funcionamento da corte na época de D. João V, assim como a pessoa. D. João V, foi de facto, um rei que quis marcar o seu reinado para a história e hoje o monumento de Mafra constitui um marco de referência ao nível do património arquitetónico, cultural, literário, entre outros.
Terminadas as visitas, iniciámos a viagem de regresso e tivemos a oportunidade de “visitar” o centro comercial de Torres Novas, uma das “catedrais” do consumo dos nossos tempos, para aí saciarmos o corpo, já que o espírito vinha sobejamente reconfortado. A chegada a Vila Nova de Foz Côa pelas 23:00horas marcou o fim da jornada que nos levou a viajar no tempo e a conhecer outros destinos.
Ana Pereira -12ºB

Dora Tiago - 12ºB

Clever Pants sobem ao palco em Foz Côa


Os Clever Pants numa cema muito dinâmica

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Os Clever Pants estiveram em Vila Nova de Foz Côa

Os Clever Pants são uma companhia de teatro profissional britânica que desenvolve o seu trabalho junto de crianças e jovens aprendizes da língua inglesa de todos os níveis do ensino básico e secundário. O seu trabalho é apresentado anualmente por um período de seis meses e a sua tour inclui Portugal, Espanha e Itália.
Um espetáculo com os Clever Pants é, à partida, sucesso garantido e a satisfação de todos. Os ingredientes fundamentais para esta receita são, essencialmente: uma grande dose de humor, interação, dinamismo, música, adequação linguística e o grande profissionalismo e experiência dos seus atores. Desta forma, os espetadores são, desde logo, conquistados, mantendo o seu interesse e atenção despertos do início ao fim do espetáculo.
À semelhança de há dois anos atrás, o grupo de docentes de Inglês da nossa escola teve a iniciativa de organizar um espetáculo com este grupo no passado dia 26 de Abril, desta vez para todas as turmas do terceiro ciclo (7º, 8º e 9º), tendo assistido à peça cerca de noventa alunos. Repetiu-se o sucesso verificado em 2010, e a opinião geral dos alunos não podia ter sido melhor, os quais, para além do divertimento sentido, verificaram com grande satisfação ter compreendido os textos em língua inglesa sem qualquer dificuldade (simplicidade, dicção correta, repetição subtil…foram elementos-chave).

So, farewell Clever Pants, until your next visit.

A professora de Inglês,

Helena Rebelo

sábado, 9 de junho de 2012

"Cantando espalharei por toda a parte"

Os dez cantos do poema "Os Lusíadas" somam 1 102 estrofes num total de 8 816 versos decassílabos, empregando a oitava rima (abababcc). Depois de uma introdução, uma invocação e uma dedicatória ao rei Dom Sebastião, inicia a ação, que funde mitos e factos históricos.
O poema inicia com os célebres versos:

As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
.....
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte

                                                    Os Lusíadas, Canto I, Luís Vaz de Camões

10 de junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

A 10 de junho comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Esta data é apontada como sendo a da morte do poeta Luís Vaz de Camões que escreveu "Os Lusíadas", considerada a epopeia portuguesa por excelência. O próprio título deriva da antiga denominação romana de Portugal "Lusitânia". Devido à sua grandeza e universalidade, é um dos mais importantes épicos da época moderna.
A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegavam em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia.
Camões representa o génio da pátria e da língua portuguesa, sobretudo devido à forma esplendorosa como descreveu a História dos Portugueses n’ Os Lusíadas. Desde 1924 que se comemora o Dia de Portugal. A partir de 1933 passou a comemorar-se o Dia de Camões. Até ao 25 de Abril de 1974, o dia 10 de junho era conhecido como o Dia de Portugal, de Camões e da Raça. Em 1978,com uma filosofia diferente, a Terceira República, converteu o 10 de junho no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.







sábado, 2 de junho de 2012

Almada Negreiros - Pássaro de Fogo de Stravinski

Biografia de Almada Negreiros

Disponível em: http://www.arqnet.pt/portal/biografias/almada_negreiros.html

Alunos do curso Científico-Humanístico no Museu do Côa

Os alunos do curso Científico-Humanístico visitaram, no dia 1 de junho de 2012, a exposição "Nós na arte", patente no Museu do Côa, na cidade de Vila Nova de Foz Côa. "Nós na arte" expõe um conjunto de painéis de Almada Negreiros, passado a tapeçaria pela manufatura de Portalegre e que fora pintado pelo artista para as Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos.
Para esta visita foi elaborado um guia informativo da arte de Almada Negreiros. A planificação e organização desta atividade foi da responsabilidade dos professores de História e da coordenadora da Biblioteca Escolar.

"A arte é a contemplação, é a beleza de um espírito que penetra na natureza, nela identificando o espírito que a anima. A sua prática é a mais sublime missão do Homem.
                                                                            Rodin (1840-1917)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

FELIZ DIA DA CRIANÇA

18 de maio - Dia Internacional dos Museus

Os professores de História e a Biblioteca Escolar organizaram a comemoração do Dia Internacional dos Museus, tendo convidado para participarem na palestra "Evoluir com o Património", o Dr. António Sá Coixão e Drª Sandra Naldinho. Esta ação destinou-se, essencialmente, aos alunos do ensino secundário, do curso Científico-Humanístico e respetivos professores.
Os professores de História e a Biblioteca Escolar agradecem o elevado nível da comunicação que o Dr. Sá Coixão e Dr.ª Sandra Naldinho apresentaram no auditório da Escola Secundária de Vila Nova de Foz Côa, no dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus. A Drª Sandra Naldinho, durante a sua intervenção, fez referência ao uso das novas tecnologias ao serviço dos museus, nomeadamente as da Web 2.0, sendo agora possível, nos maiores e mais sofisticados museus do mundo, fazer visitas sem a presença física do tradicional guia. Absolutamente espantoso!

domingo, 29 de abril de 2012

"Da Ditadura do Estado Novo ao Regime Democrático"

A palestra "Da Ditadura do Estado Novo ao Regime Democrático," decorreu no passado dia 24 de abril, pelas 10h30, no auditório da escola, no âmbito da comemoração do 25 de abril de 1974. Esta ação foi destinada aos alunos do 6º e 9º anos do ensino básico e aos alunos do ensino secundário, do curso de Humanidades, uma vez que os conteúdos curriculares nestes níveis de escolaridade abordam esta temática, contribuindo desta forma para o apoio ao desenvolvimento do currículo. O orador cativou os alunos e estes ficaram, certamente, mais enriquecidos com o que viram e ouviram  na apresentação do Dr. José Ribeiro, ex professor de História nesta escola. Nesta palestra estiveram presentes os professores das respetivas turmas, entre outros. A organização esteve a cargo dos professores de História e da Biblioteca Escolar, tendo sido também os responsáveis por uma pequena exposição de trabalhos de alunos do 6º ano, no átrio da escola e na Biblioteca Escolar. Alguns desses trabalhos estão publicados neste blogue, dada a sua importância em termos de riqueza de informação, rigor científico e formas de apresentação (poema, entrevista, ...). Para lhes aceder, basta clicar numa das etiquetas deste blogue (25 abril, ...).
A equipa da Biblioteca Escolar agradece a disponibilidade demonstrada pelo Dr. José
Ribeiro, para participar em mais uma palestra.

No final, todos receberam um cravo vermelho, feito de papel pela professora Júlia     Garrido, a quem
agradecemos a colaboração.

                                 

                                                  










sábado, 28 de abril de 2012

Livros dos escritores Inês Pupo e Gonçalo Pratas


Para além do título "Casa sincronizada", os autores escreveram também "Canta galo" e "Lavo as minhas mãos".
Os escritores Inês Pupo e Gonçalo Pratas com a professora de Língua Portuguesa Helena Teixeira, responsável pela organização da palestra "Palavras escritas, palavras partilhadas", no âmbito do Dia Mundial do Livro".

Animação de Leitura com Inês Pupo e Gonçalo Pratas

Os escritores Inês Pupo e Gonçalo Pratas, no auditório da Escola, num momento de grande interação com os alunos do 5º ano, no Dia Mundial do Livro.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O 25 de abril de 1974

O que foi o 25 de abril de 1974?

O 25 de abril de 1974 foi um levantamento militar que restaurou a democracia em Portugal. Até aí tinha vigorado um regime ditatorial de 48 anos (desde 28 de maio de 1926 até 1974) e que foi conhecido pelo nome de Estado Novo.
Reconstituição do movimento dos capitães no filme português de Maria de Madeiros «Capitães de abril».

O golpe foi conduzido pelos oficiais de patente intermédia da hierarquia militar (o MFA), que, na sua maior parte, eram capitães que estavam fartos de ser «carne para canhão» na Guerra Colonial. Foram eles os grandes protagonistas deste movimento revolucionário e por esse facto o 25 de abril é comumente chamado o movimento dos capitães. Sublinhe-se, contudo, que a motivação do golpe por parte destes militares não é tão pura quanto se quer fazer crer. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português, muito embora de início tenha havido muitos desmandos protagonizados pela esquerda e extrema-esquerda. Concretamente, logo após a revolução, foi criado o COPCON (Comando Operacional do Continente), chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho, que inclusivamente capturava pessoas e usava mandatos de captura em branco. Na prática, era como se fosse outra PIDE.
 O que foi a Guerra Colonial?
A guerra colonial foi o conflito militar que opôs a potência colonizadora (Portugal) aos movimentos nacionalistas e independentistas africanos (FRELIMO, PAIGC, MPLA, etc). Resultou da circunstância de todas as outras potências coloniais terem já concedido a independência às suas colónias, enquanto, teimosamente, o governo português se negava a conceder aos territórios africanos a autodeterminação, dando origem à famosa expressão cunhada por Salazar «orgulhosamente sós.» 
Por que motivo o 25 de abril é conhecido como o «Dia da Liberdade» e também a «Revolução dos Cravos»?

                          Um fotograma do filme «Capitães de abril» de Maria de Medeiros.          
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Denomina-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar esta revolução, que não foi marcada pela violência habitual de uma revolução: o povo ofereceu cravos aos militares que as colocaram no cano das armas, simbolizando o renascer da liberdade, depois de um longo período de repressão do regime ditatorial do Estado Novo.
E o cravo vermelho transformou-se no símbolo da revolução!
Que alterações trouxe o 25 de abril à vida do país?
Formalmente Portugal entrou num período de grande efervescência: criaram-se alguns partidos políticos que se juntaram a outros que já existiam na clandestinidade, mas as condições de vida da população não melhoraram de imediato. Houve ainda uma série de golpes (28 de Setembro e 11 de março) até que a 25 de novembro de 1975 um pronunciamento militar chefiado por Ramalho Eanes afastou a esquerda radical do cenário político e o país teve finalmente condições para ter um regimo democrático pluralista sem tutelas militares ou totalitarismos ideológicos. No entanto, sob o ponto de vista dos melhoramentos socioeconómicos, só a partir da adesão à Comunidade Europeia é que estes se tornaram mais visíveis.
Houve alterações na maneira de pensar e agir
das pessoas?
 A princípio, o povo apaludiu a chegada da liberdade e participou ativamente em comícios e celebrações. Isto entende-se, de certa forma, porque o regime anterior encorajava o silêncio e o conformismo que tornavam mais fácil a manipulação das pessoas e da sua maneira de pensar. Os partidos políticos fervilhavam em reuniões constantes e atividade permanente, gerando, aqui e além, um clima de confronto. Hoje em dia, na ressaca desses tempos, voltámos a uma certa apatia de que são um bom exemplo os sindicatos e os próprios partidos políticos de onde estão cada vez mais ausentes o debate e o confronto de ideias.

Antecedentes históricos
Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, que terminou com a 1ª república fundada a 5 de Outubro de 1910, foi implantado em Portugal um regime autoritário vagamente inspirado na nova ideologia fascista personificada em Itália por Benito Mussolini. (foto ao lado)

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Depois da Constituição de 1933 ter sido aprovada pelo parlamento, onde os deputados eram todos eleitos por um único partido, o regime é remodelado, autodenominando-se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais largando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda da cadeira que ficou famosa e na qual sofreu lesões cerebrais. Foi substituído, ainda nesse ano, por Marcelo Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.


Durante estes 48 anos:
Ø as liberdades civis estiveram canceladas;
Ø os partidos políticos foram proibidos;
Ø e instituiu-se a censura prévia.

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                                                           Oliveira Salazar numa capa da revista Time (22 de Julho de 1946).

Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusou o governo de fraude eleitoral e de desrespeito pelo dever de imparcialidade. O Estado Novo possuía uma polícia política, a PIDE, que perseguia os opositores do regime.
Em 1973, a publicação do livro Portugal e o Futuro (Marechal Spínola) que questionava a continuação da Guerra Colonial, desencadeou a intervenção do exército, mais concretamente dos capitães, que estavam mais expostos ao confronto militar e se consideravam mal pagos.

O dia da Revolução de abril
                                                     
Capa do single «E depois do adeus.»

Às 22:55 do dia 24 passa a canção ”E depois do Adeus”, de P. de Carvalho,  (um dos sinais combinados) que inicia o golpe de estado. O segundo sinal  dado às 00:20, com a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, confirma o golpe e marca o início das operações. Ao amanhecer, o povo juntou - se aclamando os militares revoltosos e forma-se a Junta de Salvação Nacional, constituída por militares que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.

Alexandra Pires, 6º C, nº 1

domingo, 22 de abril de 2012

Entrevista a Drª Maria da Glória Souto


Pergunta: Sabe em que ano ocorreu o 25 de abril?
Resposta: Sim, em 1974.
Pergunta: Porque se chamou o “Movimento dos Capitães”?
Resposta: Porque foram os capitães que tomaram a iniciativa de se manifestarem.

Pergunta: Que alterações provocou o 25 de abril, na sua vida? 
Resposta: A única alteração que provocou na minha vida foi que os diretores acabaram. Como eu era diretora na altura… passei a ser só professora.

Pergunta: Acha que houve mudanças na maneira de pensar ou agir das pessoas?
Resposta: Muitas, por exemplo: As pessoas deixaram de ter medo de se expressar, de fazer determinadas coisas e foi um período que se viveu intensamente.
Comove-me pensar na grande alegria sentida pelo meu pai - um republicano de sempre - que pôde ver a mudança de regime. Desde que tenho memória, vi-o sucessivamente apoiante de Norton de Matos, Quintão Meireles e Humberto Delgado… Foi uma longa, longa espera. Senti-o feliz.

Pergunta: O que foi a guerra colonial?
Resposta: Foi uma guerra que durou aproximadamente 13 anos em que os países africanos de língua portuguesa tentaram ficar independentes, mas como pertenciam a Portugal teve de haver uma guerra.

Pergunta: A guerra colonial teve alguma ligação com o 25 de Abril?
Resposta: Sim bastante.
Pergunta: Que ligação?


Resposta: Os militares especialmente capitães queriam acabar com a guerra e para acabá-la tinham de mudar o regime em Portugal. E no 25 de Abril as pessoas que já estavam fartas de perder entes queridos na guerra decidiram acabar com ela dando a independência às colónias africanas.
Pergunta: Acha que as coisas melhoraram ou pioraram?
Resposta: Melhoraram e muito.
Pergunta: Porquê?
Resposta: Porque as pessoas passaram a ter regalias e direitos que antes não tinham.
Pergunta: O que é que não se podia fazer antes do 25 de abril?
Resposta: Não nos podíamos expressar (não havia liberdade de expressão), havia censura a jornais, revistas e livros, também não havia alguns direitos por exemplo: as mulheres não podiam exercer alguns cargos, era preciso licença de isqueiro, não havia partidos políticos e as eleições não eram livres.
Pergunta: Onde estava nesse dia?
Resposta: Em Lisboa numa reunião.
Pergunta: Quantos anos tinha?
Resposta: Tinha 34 anos.
Pergunta: Sabia o que estava a acontecer?
Resposta: Não, ninguém sabia.
Pergunta: Como era a sua vida antes de acontecer o 25 de Abril?
Resposta: Era boa, não houve grande diferença.
Pergunta: O que aconteceu nos dias seguintes?
Resposta: Tentávamos seguir as notícias para ver o que se tinha passado. Assisti pela TV à saída dos presos políticos de Cachias, vi a chegada de Mário Soares e depois de Álvaro Cunhal. E alguns dias depois houve muitas manifestações e pela 1ª vez comemorou-se o 1º de Maio.
Pedro Miguel Souto, 6º C, Entrevista à avó






quinta-feira, 19 de abril de 2012

25 de abril

Alguém sabe o que aconteceu?
Um golpe de estado decorreu
A 25 de abril
A revolução dos cravos surgiu.

Mas porque terá decorrido?
Quando Salazar saiu do poder
A ditadura
Tornou a acontecer!

Marcelo Caetano
Seguidor de Salazar
Achou boa ideia
A ditadura continuar.

Mas porque se chama revolução dos cravos?
Talvez porque
Tiraram as balas aos soldados
E puseram nelas lindos cravos!

Mas como os soldados se foram organizar para atacar?
Usando senhas secretas passadas na rádio para avançar.
Mas quais foram elas?
Duas lindas músicas usadas pelas sentinelas.

"E depois do adeus" e Grândola, Vila Morena"
Foram usadas para acabar com o sistema
O MFA comandado
por Salgueiro Maia venceu
E Marcelo Caetano perdeu!

Pedro Souto, 6º C (Poema original)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dia Mundial do Livro

Desde 1996 e por decisão da UNESCO, que se comemora o Dia Mundial do Livro a 23 de abril. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha, onde dia 23 é costume trocar uma rosa por um livro, ou melhor, a quem comprar um livro é oferecida uma rosa. Esta ideia espalhou-se um pouco por todos os países do mundo e hoje é já tradição, no dia 23 de abril, receber uma rosa por um livro que se compra.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Os alunos do 6º C Subiram ao Palco e Brilharam em Moncorvo

No dia 21 de março, pelas 15 horas, os alunos do 6º C subiram ao palco do cine-teatro de Moncorvo, com a peça "O príncipe nabo", de Ilse Losa. Esta atividade insere-se no âmbito de uma parceria entre a Biblioteca Escolar do Agrupamento de Torre de Moncorvo e a Biblioteca Escolar do Agrupamento de Vila Nova de Foz Côa. Lançado que foi o desafio à professora de Educação Musical, Manuela Neto, procedeu-se à seleção da obra a encenar, vindo a escolha a recair numa peça infantil da escritora de origem germânica, mas de nacionalidade portuguesa, Ilse Losa. A atribuição de papéis e os ensaios estiveram a cargo da colega Manuela Neto e, com a colaboração do professor de Educação Visual e Tecnológica, Luís Alago,  criaram os cenários adequados aos dois atos que constituem a peça "O príncipe nabo". Os trajes foram da responsabilidade da professora Manuela Costa e do grupo de teatro a que pertence.
O público do cine-teatro aplaudiu entusiaticamente os nossos "atores" e "atrizes". Parabéns a todos pelo excelente desempenho.
No final, foi servido um lanche, na cantina do Agrupamento de Moncorvo, aos alunos de Foz Côa e aos colegas de Moncorvo que também apresentaram em palco a peça de Gil Vicente "O auto da barca do Inferno", o que possibilitou alguma interação entre os alunos de ambos os agrupamentos.

quarta-feira, 21 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA POESIA

O INFANTE
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

Fernando Pessoa, Mensagem

segunda-feira, 19 de março de 2012

Encontro com o escritor João Manuel Ribeiro

No âmbito da Semana da Leitura, nopassado dia 16 de março, pelas 14 horas, o Centro Escolar de Freixo de Numão recebeu o escritor João Manuel Ribeiro. De manhã, pelas 11 horas, tinha sido a vez dos alunos e professores do Centro Escolar de Foz Côa terem recebido o escritor. Este encontro foi preparado com dedicação e empenho por professoras, alunos do ensino Pré-Escolar e do 1º ciclo e por auxiliares. Dado que se tratou de uma ação de promoção e animação de leitura, as professoras trabalharam previamente duas das obras do escritor: "Soletra a letra" e "Rondel de rimas para meninos e meninas". Os alunos presentearam o autor com a apresentação de rimas e poesias da sua obra. Estiveram todos muito bem, tendo sido aplaudidos com entusiasmo por colegas, professoras, auxiliares e pelo próprio João Manuel Ribeiro, tendo elogiado o trabalho das escolas. Alguns alunos foram desafiados pelo escritor para que lhe colocassem questões que tivessem sido preparadas com as respetivas professoras. De imediato se dirigiram ao palco, um a um, vários alunos com perguntas às quais o escritor respondeu com muito agrado.
A turma dos alunos do 4º ano, no Centro Escolar de Freixo de Numão, e a professora prepararam uma entrevista com algumas perguntas que colocaram ao escritor João Manuel Ribeiro.
Assim ficámos a saber que o interesse pela escrita começou bem cedo, aos dez anos, e começou com um poema que escreveu para a sua mãe. Como os pais saíam cedo para o trabalho, ele [João Manuel Ribeiro] ficava com o avô. Ao longo dos dias, o avô contava-lhe fantásticas histórias, contos, ensinava-lhe rimas e lengalengas que o foram encantando, contribuindo, assim, para despertar no neto o gosto pela leitura e mais tarde pela escrita. Hoje, João Manuel Ribeiro é um escritor e poeta muito conceituado e requisitado pelas escolas para ajudar a incutir o gosto e o hábito de leitura nas crianças.

ÁRVORE DA LEITURA
Esta atividade foi calendarizada para a Semana da Leitura e teve como ojetivo principal sensibilizar os alunos para a importância da criação de hábitos de leitura. Cada turma foi convidada a criar, na aula de Língua Portuguesa,  um slogan que incluísse uma ou mais destas palavras "Ler, Leitura, Livros, Biblioteca." O resultado, apesar de nem todos os professores aderirem, foi o que se vê nas fotos. Parabéns às turmas e aos alunos que, voluntariamente, participaram com entusiasmo nesta ação.














Semana da Leitura: Encontro com o escritor João Manuel Ribeiro no Centro Escolar de Freixo de Numão






O escritor João Manuel Ribeiro recebido no Centro Escolar de Freixo de Numão pelas professoras Emília Fachada, coordenadora do centro, Carmo Fernandes e Fátima Pelicano.




Os alunos foram muito empenhados na receção que prepararam para o escritor, com a motivação e trabalho das professoras, como é óbvio.

Na foto ao lado, o escritor João Manuel Ribeiro sentado com os alunos do 4º ano, no momento em que estes lhe colocavam questões previamente preparadas com a professora da turma, Fátima Pelicano.

Agradecemos ao escritor João Manuel Ribeiro, os momentos de grande interação que criou de imediato com os alunos dos respetivos centros escolares (Vila Nova de Foz Côa e Freixo de Numão). Bem-haja pelo seu entusiasmo!






                                                                                







quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia da Mulher

Poema melancólico a não sei que Mulher

Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.
Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...

Miguel Torga, in 'Diário VII'

sábado, 3 de março de 2012

A Turma 5 do 2º Ano Subiu ao Palco

A peça de teatro apresentada no Centro Cultural também se poderia intitular “ É só desta vez”. Mas não. O seu título é tão somente “ Todos diferentes, todos iguais” de Luísa Ducla Soares. Contudo, o texto, fruto de uma adaptação primorosa no decorrer dos ensaios, representado em palco no dia 14 de Fevereiro, transmitiu uma mensagem recheada de valores, tal como se configura no Projeto Curricular da Turma 5, 2º ano, e no Projeto Pedagógico do Agrupamento. Só bebendo ideias na concretização do plasmado dos referidos projectos se consegue motivação acrescida e transmissão de valores. O Lumumba, encarnado na perfeição pelo António, foi o exemplo de um querer muito, qual ilusão evasiva do grande homem do teatro Leandro Valle. Os demais artistas da representação, Pena d`Águia, Ali-Babá, Miguel e as Flores de Lótus, mostraram qualidades representativas de inegável valor, atendendo ao tempo e estruturação da peça. Mas a forma natural, própria de quem tem o campo como domínio no seu horizonte, do Rui Miguel superaram as expectativas. A graça, o humor e a tranquilidade fizeram as suas intervenções aplaudidas. Tinha um grande e valioso trunfo, como tem qualquer artista da revista. Utilizou-o como se fosse um jogador. Ao ligar para o gerente da TAP não encontrou adversidades e remata com um “ desculpa só agora, só desta vez ”. Mágico final e o engenheiro “ mandador” afinal era um homem bom. Melhor será dizer que era muito bom, tal como a atribuição dada aos nossos artistas. Tudo estava perfeitamente unido no querer e no autorizar, ainda que só através de um convencimento tático. A peça é a imagem de um mundo global. A música era aquilo que mais os unia, independentemente da língua de cada povo. Estão todos de parabéns. O projecto nasceu aqui e teve o seu epílogo no “está bem” e eles, na realidade, estiveram bem e já dão continuidade, com exímio desempenho, à fabuloso história “ Na Terra do Crescer Bem”.
Prof. Arnaldo Silva

quinta-feira, 1 de março de 2012

Concurso de Poesia "Desafia o poeta que há em ti"

A Biblioteca Escolar divulga o Concurso de Poesia " Desafia o poeta que há em ti", da responsabilidade da Biblioteca Municipal. Participa!
REGULAMENTO
1. Podem concorrer todas as pessoas que achem ter uma veia poética e queiram mostrar textos da sua autoria;

2. Os trabalhos serão entregues em mão na Biblioteca ou através do e-mail
biblioteca@fozcoactiva.pt, até às 17:30h do dia 16 de Março;
3. O tema pode abordar todos os aspectos do nosso concelho;

4. Os concorrentes podem apresentar os seus trabalhos escritos à mão ou em formato digital;

5. A divulgação da classificação será feita através do site da Fozcôactiva em
www.fozcoactiva.pt, a partir do dia 21 de Março;

6. Todos os participantes recebem um diploma de participação, sendo que o melhor trabalho da categoria do 3º Ciclo/Secundário receberá um Prémio Surpresa.


Organização: Biblioteca Municipal Vila Nova de Foz Côa
Data de entrega: Até ao dia 16 de Março na biblioteca ou biblioteca@fozcoactiva.pt
Regulamento e outras informações em http://www.fozcoactiva.pt/






















segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vencedores dos concursos "Uma carta de amor" e "Um poema de amor"

A equipa da Biblioteca Escolar felicita os vencedores dos concursos e agradece a participação de todos os que contribuiram para que este concurso fosse o mais disputado de sempre, relativamente ao número de participantes. Parabéns a todos e um agradecimento aos professores que divulgaram o concurso e incentivaram os alunos para participarem nesta atividade.

Vencedores do concurso "Uma carta de amor"
Alexandra Pinto Pires, 6º C
Francisco Lobão Alonso, 7º C
Fábio Lopes Bartolomeu, 5º B

Vencedor do concurso "Um poema de amor"


A pensar em ti
Sempre estou
Como uma hipnose
Que não sarou


Contigo quero estar
Contigo quero falar
Mesmo com vergonha
Me continuarei a apaixonar


Um ursinho te darei
Um ursinho guardarás
 E para toda vida
De mim te lembrarás


O meu coração
Comigo já não está
Pois agora está contigo
Que mo conquistaste já

                                               Pedro Miguel Souto, 6º C



O 1º Prémio do Concurso "Uma carta de amor" foi atribuído à carta da Alexandra Pinto Pires, 6º C

O 2º Prémio do Concurso "Uma carta de amor" foi atribuído à carta do aluno Francisco Alonso, 7º C