A Coreia do Sul tem
levado a história do Côa até à Ásia, mais concretamente ao Sítio Arqueológico
de Bangudae, junto à cidade sul-coreana de Ulsan. O interesse justifica-se pelo
facto de o Sítio Arqueológico de Bangudae ser composto por gravuras de um
período entre 6.000 e 1.000 antes de Cristo e correr o risco de ficar submerso
devido à construção de uma barragem, à semelhança do que acontecera com as
gravuras rupestres do Vale do Côa.
Daí a Coreia do
Sul usar o exemplo do Vale do Côa para a preservação do seu Património Cultural,
tendo os respetivos intervenientes considerado que o “Caso do Côa” foi
determinante para a decisão de preservar Bangudae.
Os sul coreanos
quiseram perceber como foi resolvido o problema das gravuras do Côa aquando da
ameaça pela construção de uma hidroelétrica.
Neste contexto, Laura
Leocádio, professora de História na Escola Secundária de Vila Nova de Foz Côa e
grande entusiasta pela defesa das gravuras do Vale do Côa, foi convidada a
participar no documentário produzido pela Coreia do Sul.
A professora
Laura recorda o momento que então se viveu a nível local e nacional, com
destaque para a intervenção estudantil em prol das gravuras que, com o slogan As
gravuras não sabem nadar, levou jovens de diferentes pontos do país a associarem-se
a esta causa.