CARTA DE FORO DE D. DINIS CONCEDIDA AOS POVOADORES DE V. N. de FOZ CÔA
21 de Maio de 1299
“D. Denis pela graça de Deus rei de Portugal e do Algarve a quantos esta carta vyrem, faço saber que Eu en sembra com a raynha D. Isabel minha molher e com o ifante dom Afonso nosso primeiro Irdeiro, dou e outorgo a foro pera todo sempre a vós pobradores da minha pobra de Vila Nova de Foz de Côa a veiga de Santa Maria com seu termho e com Ziate e com a aldeya nova como parte com o val de boy desi pela portela de anovio desi como parte com Moxagata direitamente a Coa pela vea affondo como entra em doiro, por tal preito que nós e todos nossos sucessores dedes a mim e a todos meus sucessores em cada hum ano dês dia de sam Johane Baptista ata sam Martinho quatro canadelas de cevada e oito dinheiros cada hum morador e outrossi me devedes a dar cada ano de colheita vynte libras, e devo eu aver as vozes e as coomhas e as portagens. E mando que o Ricomem que tever essa terra que nom estever mais duum dia e a quem o prazo seja apartado por mandado dos juízes o apartamento que elles fezerem valha. E eu retenho pera mym e pera todos meus sucessores os padroados das igrejas feitas e por fazer na dita proba e en seu termho. E mando que todomem que veer morar a essa proba com casa movuda nom pague portagem a primeira vez que aí vier. E todomem que for posto por cavaleiro e tever cavalo e armas nom pague foro e aja onrra d’inffançon. E nas outras cousas dou-vos o huso e o costume da Torre de Moncorvo. E vós nem vossos sucessores non devedes vender nem dar nem doar nem enalhear os herdamentos desse logar nem parte delles a ordem nem a cavaleiro nem a Clerigo nem a escudeiro nem a dona nem a nenhuma pessoa religiosa, mas se a vender que se deve de doar a tal pessoa ou pessoas que façam a mym e a todos meus sucessores cada ano compridamente como de suso dito he os ditos foros. En testemunho desta cousa dou ende a vós e a todos vossos sucessores esta carta seelada do meu seelo de chumbo.Data em o arreal sobre Portalegre , vynte hum de mayo. El Rey o mandou. M. Vasques Anes a fez.
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